O PRAZER DE TRABALHAR
Abraham Shapiro
O Rafael é um vendedor e tanto. Não perde chance alguma de fazer negócio.
Dia desses, numa viagem curta em visita a clientes, ele viu algo na beira da estrada. Era uma lamparina, dessas que lembram a da história do Aladim. Parou o carro, desceu, pegou o objeto e, não resistindo à tentação, esfregou-o com a manga do paletó. Levou um susto quando, do nada, apareceu um gênio dizendo:
- “Você tem direito a três pedidos”.
O Rafa ficou doido:
- “Direito a três pedidos? – ele disse. Eu entendi bem? Então, por favor, dê-me só um minutinho”.
Entrou no carro, mexeu na maleta e voltou ao gênio:
- “Em nome de quem eu devo tirar os três pedidos? Eu anoto o grosso agora, o senhor assina e o cadastro ficam pra depois”.
Todos os dias, há profissionais no mundo todo chorando pela má sorte ou pelos problemas que no trabalho.
Eu gostaria de perguntar a cada um: “Você tem aproveitado as oportunidades que passam por você? Gerente de banco, corretor de imóveis, garçom, advogado, empresário, enfim... diga-me como anda o seu esforço para levar boas coisas aos seus clientes. Você prioriza isso? Ou fica esperando a sorte bater à porta?
Pois saiba agora e não esqueça de que há uma relação direta e poderosa entre “não perder chances de fazer o bem pelos outros” e “obter prazer no trabalho e na vida”.
A alegria de uma profissão – de qualquer uma – está contida no ato de servir. Servir bem é a atitude que sempre produz satisfação. Quanto a lucros, ganhos, recompensas, isto são consequências. E qualquer consequência tem muito mais sabor quando surpreende!