A autoestima e o elogio por bons resultados

ABRAHAM SHAPIRO para o Blog Profissão Atitude

Muitas pessoas acreditam que podem melhorar a autoestima de outras. Esse pensamento errado cria fenômenos bizarros como escolas que não dão notas aos alunos porque acham que isso os fará crescer sentindo-se inferiores. Uma liga infantil esportiva dos Estados Unidos quis eliminar totalmente a contagem de pontos nos jogos por causa do suposto dano causado à autoestima das crianças.

A verdade é que quando confundimos ‘mimar e superproteger’ com inspirar autoestima, acabamos formando crianças sensíveis demais, sem a força interior que a vida exige. A causa é que foram excessivamente elogiadas mesmo sem terem realizado nada que exigisse esforço. Quando chegarem ao mercado de trabalho competitivo global na idade adulta serão confusas, medrosas e nada eficientes.

Eu vejo gerentes nas empresas aplaudirem quaisquer atitudes de seus subordinados  mesmo sem nenhum resultado. Erro grave!  Ao  agirem assim, demonstram despreparo para a liderança porque  este comportamento irá produzir um grupo de gente que, nos tempos do meu pai, recebia o merecido título de ‘bananas’, e nunca profissionais fortes.

A autoestima só se desenvolve nos seres que enfrentam desafios, atingem seus objetivos e contemplam o resultado do esforço que empreenderam. Aquele que depende apenas de congratulações externas e do reconhecimento de terceiros, prova ser inepto, inábil e estar disposto apenas a representar algo como um teatrinho infantil para arrancar aplausos e sorrisos do papai e mamãe sentados à plateia.

Aprenda a explorar as fraquezas do seu próprio pensamento e a desafiar a autoilusão que mina a sua verdadeira capacidade. Toda pessoa merece a felicidade de olhar para si e gostar do que vê.   Isto é autoestima. Seu valor não está apenas no fato de que ela faz o indivíduo se sentir melhor, mas em permitir que este indivíduo viva melhor – reagindo a desafios e oportunidades de forma mais criativa e apropriada.