carregando...
Profissão Atitude
A Coca-cola e o Muro de Berlin
A Coca-cola e o Muro de Berlin
ABRAHAM SHAPIRO para o Portal Profissão Atitude


Em 1989, quando o Muro de Berlim estava desabando, Douglas Ivester, diretor da Coca-Cola na Europa, tomou uma rápida decisão. Mandou suas unidades de vendas para Berlim e lhes disse para começar a distribuir a bebida. De graça!

Os representantes da empresa literalmente passavam garrafas de refrigerante através dos buracos do Muro. Meses depois, o próprio Ivester declarou:  “Decidimos que mandaríamos a quantidade máxima de Coca-Cola o mais depressa possível – mesmo antes de saber como seríamos pagos.”

A Coca-Cola rapidamente estabeleceu negócios na Alemanha Oriental dando refrigerantes de graça. A curto prazo, a proposta levava à perda de dinheiro já que a moeda da Alemanha Oriental ainda não tinha valor nenhum. Mas comercialmente foi uma decisão genial, adotada e efetivada numa velocidade com a qual nenhum governo seria capaz de sonhar.

Seis anos depois, em 1995, o consumo per capita de Coca-Cola na antiga Alemanha Oriental já chegara ao mesmo patamar que o da Alemanha Ocidental, que era um mercado forte.

A distribuição gratuita da bebida não foi nenhum grande gesto humanitário, mas uma ação de negócio que a Coca Cola criou para conquistar um novo mercado e expandir seu mercado global, aumentando os lucros e deixando os acionistas felizes.

A real amplitude de um negócio sempre alia conhecimento e percepção à profunda noção de oportunidade. É privilégio de poucos. É uma competência só mesmo reservada a quem verdadeiramente pode  ser chamado de visionário.