A paixão é um baita problema
ABRAHAM SHAPIRO
Quando entrevistamos alguém para ocupar uma vaga na empresa, geralmente estamos à procura de paixão. Queremos contratar alguém que seja apaixonado. Alguém que tenha fogo nos olhos e um discurso que mostre quanto ele ou ela deseja crescer, ir para frente e para cima.
É aí que geralmente naufragamos.
Todo mundo é apaixonado por alguma coisa. Contratar uma equipe de pessoas apaixonadas não é garantia nenhuma de que você conseguirá algo de bom, que terá os resultados que espera ou precisa.
Então vamos esclarecer as coisas. O objetivo não é contratar alguém com paixão. O objetivo é contratar alguém que compartilhe a paixão na qual a sua organização está trabalhando para trazer à luz, para fazer viver.
Eu creio que diante disso, as perguntas a serem respondidas sem impedimento ou vergonha são:
- Estamos contratando pessoas que acreditam no que nós acreditamos?
- Estamos trazendo pessoas que saem da cama todos os dias para trabalhar em prol de algo que apoie a nossa ‘visão de mundo’?
Você percebe? Devemos buscar:
1º. Pessoas que acreditam no que nós acreditamos.
2º. Pessoas que trabalham em prol da nossa visão.
Se a resposta às perguntas anteriores for NÃO, talvez consigamos formar um grande grupo de pessoas apaixonadas e que trabalham, mas caminham em direções diferentes daquela em que nós desejamos levar a empresa ou o projeto. Em lugar de uma equipe de pessoas inspiradas a seguirem no mesmo sentido que nós, teremos gente que segue rumo ao destino em que cada um deles acredita.