A resistência de Pressfield
ABRAHAM SHAPIROComo posso explicar a possível irracionalidade do comportamento humano?
Dizemos que queremos uma coisa, depois fazemos outra. Dizemos que queremos ser magros, mas comemos demais. Dizemos que queremos ser inteligentes, mas não lemos o livro que o chefe nos recomendou e nem investimos o mínimo tempo no nosso autodesenvolvimento.
As contradições nunca acabam.
Quando vejo alguém agir sem contradição, eu fico surpreso: um atleta que pratica seu esporte com foco, um escritor que se dedica a seus textos fanaticamente. Isso não é normal hoje em dia.
Por que é tão difícil fazer o que dizemos que vamos fazer?
Eu li um livro de Steven Pressfield. O título é A Guerra da Arte. Pressfield fala sobre a resistência humana como sendo uma voz que nos diz intimamente para recuar, ter cuidado e ir devagar. É o bloqueio que se apresenta no caminho de qualquer projeto que tenhamos intenção de realizar.
O curioso é que a resistência aumenta em força à medida que nos aproximamos da verdade do que realmente queremos. Isso ocorre porque o nosso cérebro odeia mudanças, conquistas e riscos. Ele ama a acomodação, tipo ‘ sombra e água fresca’.
Um exemplo?
Você sabe por que tantas empresas não conseguem acompanhar a Apple? É porque elas não se comprometem, não trabalham para se encaixar e não lutam fantasticamente contra sua resistência e a de seus gestores e colaboradores. Essas empresas apenas fazem reuniões... muitas reuniões... e quase todas sem nenhuma direção ou sentido.
Aliás, olhe para as reuniões de qualquer empresa. Você saberá imediatamente se ela é dirigida por alguém que pensa ou por um idiota com o cérebro de uma pulga que se acha ‘o maioral’.
E quanto à sua resistência? Vai se libertar? Ou prosseguir permitindo que ela o ponha cada vez mais para baixo e para trás? Decida-se... e aja!