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A sua empresa está preparada para a retomada da economia?
A sua empresa está preparada para a retomada da economia?
ABRAHAM SHAPIRO para o Blog Profissão Atitude

A crise econômica por que o País passou nos últimos anos trouxe  ansiedade, sintomas depressivos, estresse, aumento no consumo de álcool e até suicídio sobre muitas pessoas.

Quando tudo começou, li vários artigos de especialistas que alertavam executivos sobre estes efeitos. Agi com rapidez e intensidade para orientar os meus clientes informando-os que tudo dependeria da estrutura psicológica de cada um. Eles se precaveram e superaram as dificuldades com dor e sacrifício.

Enfim, aquele estado de coisas começa a ir embora como as nuvens de uma tempestade bravia.

Com o andamento positivo da Reforma da Previdência, os sinais da retomada econômica deixam de ser apenas um desejo coletivo. À medida que as notícias negativas saem das manchetes, o consumo já aponta um incremento, o medo dá lugar à confiança e a cautela extrema reduz vagarosamente. Se a tal Reforma aliar-se à redução gradual da dívida pública, inflação sob controle e câmbio flutuante, o crescimento vai se viabilizar.

Mas há uma dúvida lógica que surge no horizonte: estarão as empresas preparadas para a retomada? Não falo da capacidade produtiva, mas de pessoas. Como estão os gerentes e suas equipes? A quantas anda a leitura do mercado e do comportamento do consumidor a fim de aproveitar as oportunidades que surgirão? A visão estratégica está calibrada?

Todos nós operamos por tempo demais com o “freio de mão puxado” – operacionais o tempo todo e obrigados a atuar como bombeiros em atendimento aos incêndios que surgem da queda nas vendas e da dificuldade de suportar a máquina organizacional. No entanto, as posturas requeridas frente a um iminente crescimento são opostas, a saber:  aceleração gradativa,  prontidão,  arrojo, alto nível de organização, gestão de tarefas, visão estratégica, avaliação da competitividade minuto a minuto, proatividade etc. Quem está apto a funcionar sob tais condições?

O agravante é que a reação em atraso poderá traduzir-se em concessão de espaço à concorrência, o que será não só desastroso como pior do que quaisquer desgraças causadas pela crise. Seria o equivalente irônico de vencer a nado um mar lotado de tubarões e morrer de susto na praia ao deparar-se com um jacaré de plástico.