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Como salvar uma empresa familiar do naufrágio
Como salvar uma empresa familiar do naufrágio
ABRAHAM SHAPIRO para o Blog Profissão Atitude

Não se assuste. Se você não sabe e nem imagina, cerca de 90% das empresas brasileiras são familiares. O número é gigantesco. Algo em torno de 4,5 milhões de empresas de todos os tamanhos. Os dados são da Receita Federal.

Agora pasme! Historicamente, apenas 15% de todas as empresas familiares conseguem passar o patrimônio para a terceira geração. As demais sucumbem já na segunda geração. Situações mal conduzidas de relacionamento são a causa número um. Muitas destas crises nasceram de circunstâncias desprezíveis e tolas. Mas fermentaram; tornaram-se mágoas e ressentimentos.  E depois viraram competição acirrada entre herdeiros ou sócios, inveja, ciúme,  cobiça e toda sorte de desinteligência. Somam-se a elas as típicas e sérias falhas na gestão.

“Sujeiras debaixo do tapete” é a postura que os familiares assumem frente aos problemas da empresa – seja os que advêm do confronto de gerações, seja os do dia a dia na gestão. Depois de um tempo, o volume de sujeira é tão grande que afunda a empresa e o patrimônio familiar –  algo não diferente do iceberg que em poucos minutos levou o Titanic ao fundo do mar.

Problemas de relacionamento ou falta de harmonia estão em toda empresa familiar. O que surpreende é o fato de ninguém considerar que harmonia é produto de comportamentos. E comportamentos iniciam pelo conhecimento, ou seja, podem ser aprendidos, treinados e desenvolvidos até fazer a diferença nos momentos de tensão e potenciais conflitos. 

Não basta aos pais proporcionarem curso superior, experiências internacionais ou similares aos filhos. É necessário submetê-los à orientação especializada, que trate especificamente dos problemas mais comuns – de hoje e do futuro – e os prepare sobre os comportamentos esperados para sua prevenção e ou solução. Depois destes ritos educacionais e psicológicos, entram em cena os advogados para a promoção, redação e registro das regras que regerão os acordos e as relações negociais de modo organizado e produtivo.

E se você estiver se perguntando: “Como eu começo?”,  dê o passo da persuasão: convença-se da realidade que estou expondo. Saiba que nenhum dos cenários com que você sonha ou deseja ver no contexto da sua família acontecerá naturalmente. É preciso ação calculada e planejada. Busque orientação útil e então você estará realizando no presente o investimento mais lucrativo e certeiro para um futuro promissor!