Fazer para pagar. Não pagar para fazer.
ABRAHAM SHAPIROConversei esta semana com uma empresária que já atuou em vários segmentos.
O resumo do que ouvi é o seguinte: ela entrava de cabeça, constituía empresa, desenvolvia clientes, fazia atendimentos e girava um bom capital. Mas por falta de conhecimentos básicos de finanças, ela julgava não alcançar o objetivo fixado no tempo determinado. Então mudava de área e recomeçava tudo. Então o mesmo quadro se repetia. Assim foram exatamente quatro diferentes empresas.
Não é preciso dizer que seu último negócio foi recentemente extinto e hoje ela acumula uma dívida.
Enquanto ela me contava essa história, percebi sua inquietação. Ela mencionou o desejo de desfazer-se de sua casa a fim de pagar o que deve aos credores.
Qual é o diagnóstico?
Ao longo de todos esses anos, ela vivenciou excelentes experiências. A falha foi não persistir com foco no primeiro negócio. Pular de galho em galho é sempre prejudicial porque rompe o fluxo natural de desenvolvimento de qualquer empresa.
O que se deve fazer na circunstância em que ela se encontra? Dedicar alguns dias a pensar no próximo passo. Desenhar, escrever, rabiscar, olhar para o que gostaria e pode fazer a partir de agora.
Você tem o direito de sonhar e registrar o seu sonho. A única ressalva para isto é: livre-se da pressão psicológica de pagar dívida para só depois realizar os seus planos.
O pensamento útil de uma pessoa de negócios de sucesso consiste em ‘fazer’ para ‘pagar’, ou melhor, ‘fazer dinheiro’ para ‘pagar dívidas e obrigações’, e não o contrário.
Desfazer-se da própria cama ou das roupas do corpo para só então pensar em ‘o que fazer’ talvez deixe como única alternativa mendigar.