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O fim do aperto de mãos?
O fim do aperto de mãos?
ABRAHAM SHAPIRO

No futuro não haverá mais apertos de mão. É só assistir a um episódio de Jornada nas Estrelas,  Star Wars ou até Spaceballs. Nestes filmes ninguém aperta as mãos e foram a nossa aula sobre o futuro.

O aperto de mãos não é o padrão de cumprimento por tanto tempo quanto imaginamos. Ele foi criado há mais ou menos quinhentos anos pelos Quakers - nome dado a vários grupos religiosos com origem comum num movimento protestante britânico do século XVII –, porque era considerado mais igualitário do que tirar o chapéu ou se curvar diante da outra pessoa.

Com a pandemia do Corona Vírus, um aperto de mãos passou a ser visto como uma ameaça e não mais como uma forma de igualdade.

Além de ser um vetor para a transmissão de doenças, o aperto de mãos recompensa um certo tipo de personalidade poderosa e penaliza as pessoas que podem estar desabilitadas ou desinteressadas nessa interação. E julgar as pessoas pela força de suas garras não faz mais muito sentido. Parece muito primitivo.

Até algum tempo atrás, recusar-se a estender a mão a quem a oferecia era visto como uma atitude ofensiva. Hoje, já se converteu em um ato generoso.

Adicione a tudo isso o argumento de que numa videoconferência não há como apertar as mãos; e essa tem sido a forma mais intensa e procurada de se dar continuidade aos trabalhos e aos negócios de muita gente no planeta

Enfim, acredito que tirar o chapéu, a saudação do Mr Spock, do Jornada nas Estrelas – “vida longa e próspera!” – ou simplesmente um sorriso e um aceno pode ser a forma de cumprimento que irá emplacar daqui para frente. Basta aderir.