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Profissão Atitude
O QUE VOCÊ FARIA NESTA SITUAÇÃO?
O QUE VOCÊ FARIA NESTA SITUAÇÃO?

Abraham Shapiro

Imagine uma vizinha de apartamento, no seu prédio, cujo tubo do ar-condicionado pinga diretamente sobre o seu carro, no estacionamento. Você já pediu delicadamente para desviar o  tubinho, mas ela sempre se esquece. Todas as manhãs seu carro está coberto por uma pasta marrom de poeira e a água. Já lhe perguntaram até se se trata de “arte moderna”.

O que você faria? Gritaria? Diria "poucas e boas"?

Isto aconteceu com um amigo meu. 

Mas sabe o que ele fez? Bem, quem o conhece sabe que é um excelente vendedor e, mais que isso,  é um assíduo estudioso da arte de se relacionar com pessoas. 

Ele foi muito esperto. Comprou um pequeno ramalhete de flores! 

Chegou à porta do apartamento dela e acionou a campaínha. 

Quando a vizinha atendeu, ficou toda desconcertada  ao vê-lo com um buquê na mão. 

- "Por que você traz estas flores?" – ela pergunta.

E ele:

-  "Eu apreciaria muito o seu esforço de evitar que a água do seu ar condicionado caia sobre o meu carro".

Meio confusa, a mulher pegou as flores, sorriu, agradeceu,  fechou a porta  e nunca mais se esqueceu de mover a bendita mangueira. Afinal, você há de concordar que é fácil se lembrar do pedido de alguém que lhe pede algo lhe trazendo um presente surpresa, concorda?

A vida é interessante. Eu diria que ela é uma série quase interminável de dificuldades. Quase porque quando morremos essas dificuldades cessam.  

Aliás, com quase 56 anos, já sei que grande parte dessas dificuldadaes está nos relacionamentos com as pessoas. Então a pergunta de 1 milhão de dólares é: “Como superar isso?”

Para mim não é só questão de ciência, mas de criatividade sobretudo.

Já observou que a nossa primeira reação frente aos problemas é pensar: 

- “Isso não é justo. O que foi que eu fiz para merecer isto?” 

Então no momento seguinte nós procuramos culpar alguém. Mas será que há culpados? Esta, exatamente,  é a dificuldade de que estou falando.

Eu julgo que uma regra bacana pra se resolver atritos é tentar descobrir  “O que devo aprender? O que é necessário aprender disso?”;   “Qual é o propósito que eu não estou conseguindo ver por trás desse obstáculo?” 

Eu acho que a perspectiva é essa. E ela é boa, até porque esfria as emoções de querer fazer justiça. E se elas não esfriarem, acabam nos empurrando na direção da vingança. E aí, em vez do resultado satisfatório, temos algo destrutivo. 

Diz o ditado: “Quem procura vingança deve cavar duas sepulturas”. 

Vingança é a pior das opções. 

E a melhor? É uma que eu ainda não sei bem: o autodomínio. É dar um tempo e não reagir ao calor da raiva, mas deixar a pressão do orgulho passar.

O Rei Salomão disse: “Aquela pessoa  que é tardia em se enervar é superior a um homem poderoso”.

Procure entender a sabedoria. Nós não viemos a este mundo pra termos conforto o tempo todo, mas para enfrentar desafios. E eles vêmtodos os dias. Basta botar o pé fora da cama e eles já te pegam. Porém, são eles que nos desenvolvem. 

E as pessoas fazem parte desses desafios. Portanto, enxergar as oportunidade de melhorar a relação com elas  como paredes ou degraus é uma escolha que depende de cada um fazer!