POR QUE POUCOS COMPETENTES REALIZAM MAIS QUE UM GRANDE NÚMERO DE PESSOAS
ABRAHAM SHAPIRO para o Blog Profissão Atitude
O que um fato ocorrido há 3.600 anos pode ensinar sobre competências essenciais? Trinta e seis séculos parece tempo demais para um tema tão atual quanto “competência”.
Vamos ver.
O povo midianita era um dos muitos inimigos dos Hebreus. Eles eram ladrões, truculentos e se aproveitavam da minúscula e aparentemente fraca nação de Israel. A Bíblia relata situações em que os Judeus, então governados por Juízes, eram atormentados por estes invasores sem nenhuma ética.
Certo dia, Gideão, um Juiz, organizou um exército de trinta e dois mil homens para acabar com isso.
O número de soldados inspirava tranquilidade numa guerra corpo a corpo. Mas a Bíblia diz que Deus foi contrário a este contingente. Achou-o grande demais, já que vencer uma guerra assim faria o povo pensar ter sido seu próprio esforço que o fez. O diálogo entre Deus e Gideão chega a ser curioso e desesperador quando visto desde a ótica do Juiz:
- “Mande pra casa todos os que têm medo de guerrear”, diz D-us. E vinte e dois mil foram embora.
O Todo-Poderoso prossegue:
- “Leve a tropa ao rio. Despeça todo homem que deixar de lado sua arma ao beber. Mantenha consigo somente aquele que conservar uma mão sobre a arma, usando a outra para tomar água”.
Apenas trezentos homens restaram. Menos de 1% do total.
Mas aqueles trezentos Judeus eram prudentes, prontos e dispostos. Mostraram-se alertas o tempo todo.
O que os distinguia era a missão e estarem conectados a ela. Nem quando podiam relaxar – como no momento de matar a sede – eles perdiam a consciência da meta. E além disso, eles combinaram habilidade, capacidade e aptidão à fé. Isso é o que, de fato, os fez mais poderosos do que trinta e dois mil homens confusos e perturbados por outros interesses.
A lição? Competência com fé é sempre muito mais do que só competência ou só fé.