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SAUDADES DE STEVE JOBS
SAUDADES DE STEVE JOBS

Abraham Shapiro

Em um de seus discursos, Steve Jobs disse: "Se eu nunca tivesse frequentado o curso de caligrafia, o computador Mackintosh não teria múltiplos tipos de letras e espaços proporcionais".

Neste mundo imbecil, em que as pessoas separam profissionais pela grife das escolas em que se formaram, o pensamento de Jobs parece uma dissonância. 

Mais do que nunca, chegou a hora de aprendermos a avaliar pessoas por sua capacidade de realização, e não pelos diplomas que conseguiram colecionar.

Conheço idiotas diplomados nas melhores universidades do país. Gastaram dinheiro movidos pela crença de que a escola faz o aluno. Estão aí, vendo a vida passar sem deixarem nada de efetivo por si mesmos ou pelo mundo. Eles se distinguem pelo quão excelente supõem ter sido a formação que receberam. 

Tenho um amigo rico que possui em casa uma das bibliotecas mais fantásticas que jamais conheci. Ele jamais leu nenhum livro dali. Mas tem dinheiro, e compra livros. Que valor isso tem?

A pergunta é: “O que você faz com a grande educação que acha ter recebido?”

Por outro lado, eu conheço profissionais que conseguiram um diploma de curso à distância e dominam excelentemente o que estudaram, fazem coisas importantes para si e para as organizações em que trabalham. Uma escola deve ajudar o acadêmico a criar conexões a fim de solucionar problemas. Ajudar, eu disse. Porque quem faz as conexões são os alunos, 

Steve Jobs nunca recebeu diploma de faculdade alguma. Atribuiu os créditos do desenvolvimento de seu revolucionário computador Mackintosh a um cursinho de caligrafia. 

Nenhuma faculdade é boa. Nem ruim. A questão é “o que fazer com o que se ensina lá?”