BRASIL: UM PAÍS DE ESTRATEGISTAS?
ABRAHAM SHAPIRO para o Portal Profissão Atitude
Planejamento Estratégico. Esta parece ser uma das mais cobiçadas competências da maioria astronômica dos profissionais. É o que eu concluo após uma visita às mídias que se prestam a ser vitrines de currículos e carreiras.
É tanta, mas tanta gente que se autodenomina competente nesta área que, de duas, uma: ou não sabem o que, de fato, significa, ou pensam que basta escrever qualquer coisa ali e todos acreditarão. Não eu!
Eu suspeito de qualquer currículo até que seja feita a mais severa averiguação e entrevista com seu dono. No papel, na tela do computador e nas mídias sociais todo mundo é bonito, magro e canta bem.
Vamos aos conceitos. Planejar é estabelecer um caminho a seguir até o objetivo desejado na execução de uma tarefa ou projeto. Estratégia é a arte de aplicar com eficácia os recursos de que se dispõe e demais condições visando ao alcance de determinada meta.
Para qualquer indivíduo ser bom em Planejamento Estratégico, ele terá, antes, de ter alto nível de organização, execução, direção e controle.
O que acontece é que, tão logo as empresas começaram a solicitar a competência do Planejamento Estratégico aos possíveis candidatos, todos os currículos passaram a apresentá-la como especialidade. Tal comportamento lembra crianças peraltas listando suas boas qualidades na cartinha ao Papai Noel a fim de conseguirem o sonhado presente de Natal.
Haverá tanta gente que domine este raro e complexo conhecimento?
Todos sabem que não, posto que se fossem tantos os estrategistas, os grandes problemas da sociedade e do Planeta já estariam resolvidos... há décadas. E quando nem os deles mesmos estão... como crer no que declaram saber?